O consultor sindical João Guilherme Vargas Neto defende que o sindicalismo adote uma pauta centrada na geração de emprego e renda. Esse tema volta a ser abordado em seu mais recente artigo “Primeiro Passo”, publicado em diversos sites. Segundo ele, “pra resistir à avalanche, é preciso determinar os pontos firmes de resistência capazes de atender às necessidades imediatas dos empregados e desempregados e de garantir vitórias parciais”.
São quatro os pontos que ele alinha: Passe livre para os desempregados nas grandes cidades; Defesa da política de valorização do salário mínimo; Criação de frentes de trabalho com qualificação dos trabalhadores; E retomada das obras paradas e trabalhos de manutenção nas Capitais.
Nesta quinta, o consultor se reuniu com a equipe da Agência Sindical, quando falou sobre conjuntura, ação sindical e comunicação. “Temos que atuar no hoje. Não funciona construir coisas pra um dia, uma ocasião, como, por exemplo, um 1º de Maio que iria gerar impacto e mudanças”, argumenta.
Vargas Netto foi, no campo progressista, um dos poucos a chamar atenção para o Programa de Emprego e Renda, anunciado pelo Partido dos Trabalhadores em agosto. Com 12 diretrizes, o chamado PER acabou apagado pelo chamamento “Lula Livre”. Gleisi Hoffman, presidente do PT, em entrevista à Folha de S. Paulo, sexta (22), não menciona o Programa.
Grécia – Quanto ao atual governo, João Guilherme Vargas Netto alerta: “Guedes e Cia querem fazer no Brasil o que o FMI fez na Grécia, em 2010”, quando o país afundou. Ele ressalva, no entanto, que, “frente a essa sucessão de medidas e propostas agressivas é até compreensível um grau de atordoamento, como o boxeador no canto do ringue”.
Comunicação – O consultor defende fortalecer os meios digitais, frente aos custos de produção e distribuição do impresso. “Penso numa combinação das duas mídias, mas o digital avança rapidamente”, observa.
Fonte: Agência Sindical