Dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de desempregados no Brasil diante da Pandemia do coronavírus teve alta de 31% em 12 semanas, o que corresponde a um aumento de cerca de 3,1 milhões de brasileiros sem trabalho no país no período.
(Correção: O G1 errou ao informar que o aumento do número de desempregados aumentou em 27% em 12 semanas. A informação foi corrigida às 9h11.)
De acordo com a pesquisa, na penúltima semana de julho havia 12,9 milhões de desempregados no país, 550 mil a mais que na semana anterior, quando esse contingente somava cerca de 12,3 milhões – uma alta de 4% . Na primeira semana de maio, quando teve início o levantamento, esse número era de cerca de 9,8 milhões.
Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,7% na penúltima semana de julho, o que o IBGE considera como estabilidade do indicador em relação à semana anterior (13,1%), mas com alta significativa frente à primeira semana de maio (10,5%).
O levantamento foi feito entre os dias 19 e 25 de julho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.
De acordo com a Pnad Contínua, divulgada no dia 6 de agosto, o país perdeu 8,9 milhões de postos de trabalho em apenas três meses de pandemia e número de ocupados no Brasil atinge menor nível da série histórica.
A população ocupada foi estimada em 81,2 milhões de pessoas, cerca de 600 mil a menos que na semana anterior. Já em relação à primeira semana de maio esse contingente foi reduzido em cerca de 2,7 milhões de pessoas, o que corresponde a uma queda de 3% no período.
Informalidade volta a crescer
Apesar da alta no desemprego e da queda na ocupação, o número de trabalhadores informais voltou a crescer. Na penúltima semana de julho, eles somavam cerca de 27,2 milhões de pessoas, cerca de 600 mil a mais que na semana anterior, quando eram cerca de 26,6 milhões.
Na comparação com a primeira semana de maio, no entanto, quando somavam cerca de 30 milhões, esse contingente teve queda de 9%.
Com isso, a taxa de informalidade ficou em 33,5%, 1 ponto percentual (p.p.) a mais que na semana anterior (32,5%), mas 2,2 p.p. a menos que na primeira semana de maio.
“Comparando com o início da pesquisa, o saldo da nossa investigação é que a população ocupada está menor, em 2,9 milhões de pessoas. A população desocupada está maior, pouco mais de 3 milhões de pessoas. E a taxa de desocupação também está maior em 3,2 pontos percentuais. Isso num contexto em que a população informal vem caindo também”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Já o número de trabalhadores afastados do trabalho em função do isolamento social teve nova queda. Na penúltima semana de julho eles somavam aproximadamente 5,8 milhões, cerca de 400 mil a menos que na semana anterior, e representavam 7,1% da população ocupada. Na primeira semana de maio, esse contingente era de 16,6 milhões de trabalhadores ou 19,8% de todos os ocupados no país.
Informalidade volta a crescer
Apesar da alta no desemprego e da queda na ocupação, o número de trabalhadores informais voltou a crescer. Na penúltima semana de julho, eles somavam cerca de 27,2 milhões de pessoas, cerca de 600 mil a mais que na semana anterior, quando eram cerca de 26,6 milhões.
Na comparação com a primeira semana de maio, no entanto, quando somavam cerca de 30 milhões, esse contingente teve queda de 9%.
Com isso, a taxa de informalidade ficou em 33,5%, 1 ponto percentual (p.p.) a mais que na semana anterior (32,5%), mas 2,2 p.p. a menos que na primeira semana de maio.
Fonte: G1