Por meio dos sindicatos, muitas categorias estão conseguindo manter direitos e ter importantes conquistas, mesmo em meio a uma pandemia. Isso é o que mostra o boletim “De Olho nas Negociações” do Dieese.
A pesquisa realizada pelo Dieese analisou 4.938 reajustes salariais de categorias com data-base entre janeiro e agosto de 2020, registrados até a primeira quinzena de setembro.
Os dados mostram que 43% dos reajustes resultaram em aumentos reais aos salários, 29% em acréscimos iguais à inflação e 28% em perdas reais.
A pandemia tem impactado nas negociações coletivas neste ano. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto foram inseridos no Mediador, sistema aonde são registradas as negociações firmadas, mais de 14 mil instrumentos coletivos de trabalho. Número é cerca de 7% inferior ao registrado no mesmo período de 2019.
Os meses de fevereiro, março, julho e agosto foram os meses que registraram quedas nos registros de negociações em relação a 2019. Só em janeiro o número de registros foi maior que o ano anterior.
Estes resultados poderiam ser anda piores se não fosse a intensa luta do movimento sindical durante esse período da pandemia que vem mostrando resistência e mostrando a sua força.
“A primeira luta dos sindicatos foi na preservação da vida nas negociações em como manter o isolamento social, no início da pandemia. Num segundo momento, entre junho e julho, foi a luta pela manutenção do emprego e a terceira fase foi a manutenção de direitos”, diz Fausto.
Fonte: Mundo Sindical