O boletim Ensaio e Conjuntura da Fundação Seade apresenta estudo sobre a estimativa de aposentadorias que estarão vigentes em 2030, no Estado de São Paulo, regidas pelo Regime Geral da Previdência Social – RGPS, considerando duas situações: sem e com a reforma previdenciária sugerida pela Proposta de Emenda à Constituição – PEC 287.
O estudo baseia-se em estimativas e projeções estatísticas e demográficas sobre a evolução da quantidade de aposentados.
De acordo com o trabalho, o valor mais provável para a quantidade de aposentados no Estado de São Paulo, em 2030, caso não haja nenhuma mudança nas regras previdenciárias, será de cerca de 7,5 milhões de pessoas, o que corresponde, aproximadamente, a 23% da População em Idade Ativa – PIA (com idades entre 15 a 64 anos).
Na simulação realizada com a aplicação da PEC 287, caso seja aprovada exatamente como foi proposta, o valor mais provável para a quantidade de aposentados em São Paulo, em 2030, será de pouco mais de 4,3 milhões de pessoas (cerca de 14% da PIA ). Isto significará um número de aposentados cerca de 42% menor que o esperado caso não houvesse a reforma.
Levando em conta as normas apresentadas pela PEC 287, pode-se avaliar que nenhum contribuinte com menos de 45 a 50 anos (em 2015) conseguirá se aposentar em 2030.
A PEC 287 também mexe no cálculo dos valores dos proventos, reduzindo-os de forma significativa apenas com a mudança do cálculo da média: ao invés de aplicá-la aos 80% melhores salários de contribuição, prevê a totalidade deles. Considerando-se que as pessoas, no início da vida laboral, ganham bem menos, esta nova média será, sem dúvida, “puxada” para baixo. Portanto ficará muito mais difícil receber como provento o teto do INSS.
Fonte: Seade