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FEPROP REALIZA PESQUISA SOBRE A SITUAÇÃO DE PROPAGANDISTAS E VENDEDORES DE MEDICAMENTOS DURANTE A PANDEMIA

A FEPROP realizou pesquisa em todo território nacional sobre a situação do propagandistas e vendedores de produtos farmacêuticos no período de pandemia do coronavírus. Segundo Luiz Cláudio Pereira, o Lula, diretor de Pesquisas e Assuntos Jurídicos da Federação e presidente do SINDIPROVENTER, de Teresópolis, o levantamento foi realizado em virtude de propagandistas de todo o Brasil que se sentem confortáveis em acionar a entidade, seja para denunciar ou pedir ajuda, já que a categoria atua na linha de frente, em clínicas, consultórios e hospitais, onde ocorre ainda mais situações de contágio da doença.

Lula disse que é importante que possamos mapear o risco por cidade/município: “Inexistem dados precisos, inclusive do Estado. Nosso intuito exclusivo é de ajudar a categoria. É para ajudar e cuidar da saúde e proteger todos que estão trabalhando. O próximo passo é manter dados atualizados, já que esses mudam a toda hora. Já são mais de 260 casos, entre eles duas colegas grávidas que foram contaminadas, 4 óbitos, 10 internações (dados de 15/09)”.

O diretor da FEPROP ressaltou que a situação é muito preocupante, já que que somente tomaram noção da proporção dos casos quando começaram a chegar os dados. Da mesma maneira ficaram sabendo de colegas que enfartaram (3 no último mês), fora outros sob medicação por estresse, depressão e síndrome de Burnout, que tem por característica o esgotamento profissional, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastante e que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Além disso, têm acontecido outros males, como insônia, arritmia, aumento/perda de peso, irritabilidade imotivada, impotência sexual e síndrome do pânico, entre outros.

Outro ponto a ser destacado, segundo Lula, é a saúde mental, “pois é fundamental para todo e qualquer profissional, em qualquer ramo. Nossa categoria principalmente, porque lida com ‘humanos’ e ter resiliência é primordial”.

Sobre as denúncias, as principais são empresas que estão liberando grávidas para trabalho no campo (na rua); cobranças excessivas por conta da baixa adesão médica; a telepropaganda; outras que já liberaram o propagandista para trabalhar com até dois gestores no mesmo carro, triplicando o risco, entre outros casos isolados.
Falo aqui de profissionais com décadas de excelentes resultados, sem qualquer mácula na ficha funcional. Mantemos um banco de dados desde 2013, onde já colecionam mais de mil processos trabalhistas deste gênero”, relatou o diretor.

Para Lula, um caso que chamou a atenção e muito impactou foi de uma propagandista que teve a Covid-19, passou para os pais, e estes foram a óbito. “O sindicato é o pilar do trabalhador e seu maior defensor. Nossa Federação tem sindicatos que conhecem sua obrigação celetista e constitucional da defesa do trabalhador. Honramos nosso mandato. Esse estudo é para mapeamento de risco, com dados sigilosos que ficam guardados, só divulgando o que não irá comprometer ninguém. Os números estão subnotificados porque os colegas temem supostas represálias. Estamos visando proteger o maior patrimônio da empresa, que é sua força de vendas. Temos noção da importância da indústria farmacêutica em nossas vidas, gerando emprego e ajudando o país. O CNPJ não é inimigo, mas infelizmente alguns CPFS têm repulsa à estabilidade. Para os que estão sabotando e ou criticando essa prestação de serviços, eu parafraseio José Marti: Se você não tem coragem de lutar, respeite quem luta por você”, concluiu Lula.

A FEPROP tem o canal de denúncia.