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Trabalho informal cresce e passa dos 40% no ES, mas gera preocupação com direitos

 O trabalho informal, que atinge 40% da população ocupada no Espírito Santo, ajudou a diminuir a taxa de desemprego, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do lado positivo, quem trabalha sem carteira assinada não esconde a preocupação com relação aos direitos trabalhistas aos quais não têm acesso.

 

Os trancistas Abner Fontinni e Breno Amazonas são exemplos de trabalhadores informais. Atualmente, a renda obtida com o serviço garante o sustento dos dois. Mesmo assim, a forma de trabalho gera preocupação.

 

“Você só vai ter aquilo que você fizer. Se você fizer bem, você vai ganhar bem. Se você fizer mal, você vai ganhar mal. Mas tem também a questão da segurança no trabalho, tem o INSS, essas coisas. E a gente não vai ter com o trabalho informal assim”, disse Abner.

 

Na Unidade de Inclusão Produtiva em São Pedro, em Vitória, mulheres participam de um curso para aprender técnicas de pasta americana para confeitaria. A intenção é melhorar o trabalho que elas já fazem em casa, também informalmente.

 

Muitas delas sonham em crescer e abrir o próprio negócio, como é o caso da confeiteira Cristiane Ferreira Meira. Depois de ter a loja de roupas roubada e precisar recomeçar do zero, ela agora aposta nos doces.

 

“Aconteceu isso? Aconteceu. Mas estou dando a volta por cima através dos doces, adoçando a vida das pessoas. E cada dia mais as pessoas tem reconhecido o meu trabalho, porque faço com muito amor. Agora, meu sonho maior é ter minha confeitaria”, disse.

 

Economista

De acordo com o economista Eduardo Araújo, para trilhar esse caminho que vai da informalidade ao negócio próprio, é preciso planejamento.

 

“Quem tem carteira assinada geralmente vai ter que se preocupar em chegar no trabalho e cumprir a sua jornada. Como empreendedor, você tem que pensar em todas as dimensões do seu negócio. Com os custos que você vai ter, a despesas para contratar uma pessoa, estratégia de divulgação do negócio. Então, além de se formar na parte de desenvolver os produtos, também tem que pensar no negócio em si”, disse.

 

Fonte: G1